Qual o significado do trabalho para o jovem? Como quebrar o ciclo vicioso que exige experiência do jovem na hora de procurar o primeiro emprego?

O QUE É SER JOVEM?

Primeiramente, cabe-nos perguntar: o que é a juventude? Afinal, o jovem está presente em praticamente todos os grupos sociais: camponeses, operários, desempregados, estudantes... Mas será que temos um consenso sobre o conceito de juventude?

A primeira vista isso seria desnecessário, mas um olhar mais acurado sobre o assunto nos levará a concluir que isso é fundamental, por uma razão bem simples: a juventude precisa de atenção e de políticas específicas para o mercado de trabalho!

Se, por um lado, a juventude não pode ser determinada numa faixa etária estanque, por outro lado, também não pode ser reduzida a um estado de espírito, pois tomar juventude por um estado de espírito é uma visão que desemboca na idéia de que a juventude não tem questões específicas e que, portanto, a discussão sobre o assunto seria irrelevante.

Paulo Denisar Fraga, na linha dessas observações, sugere que a juventude seja vista como uma fase da vida, mais ou menos definida, na qual o ser humano se encontra em processo de formação e construção de perspectivas de estabilidade para a sua vida.Trata-se, portanto, de um momento de grande expectativa e apreensão em relação ao futuro, normalmente caracterizado por uma postura inquieta e irreverente.

É neste espaço da vida que se manifestam, com maior intensidade, os problemas existenciais do ser humano, pois é nesse período que as pessoas realizam as grandes escolhas de suas vidas, entre as quais, a profissão.

Daí surge a preocupação e a necessidade do trabalho, pois é através dele que, em grande parte, o jovem se afirmará como pessoa e como cidadão. No entanto, como conseguir emprego num contexto tão dramático?

DIFICULDADES

Encontrar o primeiro emprego não é uma tarefa das mais fáceis. Dados do último censo comprovam que mais de 11 milhões de brasileiros procuram um lugar no mercado de trabalho. Para os jovens, encontrar uma vaga é ainda mais complicado.

As empresas, na hora da contratação, aumentaram as exigências e o desemprego fez crescer a competitividade no mercado de trabalho. Conclusão: quem nunca trabalhou, vai ter que dar um duro danado para conseguir a primeira chance.

Desta maneira, as filas para conseguir emprego aumentam cada vez mais, disputando as poucas vagas que aparecem nessa época de recessão.

A falta de experiência é a principal barreira para o jovem conseguir trabalho. Se para quem tem experiência o emprego está difícil, imagine só para quem está começando. Só muita persistência, preparo e conhecimento de algumas regras podem ajudar a dar o empurrão inicial.

Estudar inglês ou espanhol, conhecer os principais programas de computador, ter um português correto e muita disposição para o trabalho, são princípios básicos que um candidato a emprego deve ter. E quem ainda não estudou tudo isso precisa demonstrar que está com muita vontade de aprender.

ESCOLARIDADE OU EXPERIÊNCIA?

Com absoluta certeza, o futuro do trabalho, ou do emprego, depende de ambas: escolaridade e experiência. Mas, no dia-a-dia, nos deparamos com grandes defensores desta ou daquela como requisito mais importante. Certo é que, cada vez mais, o mercado atual exige que nos qualifiquemos permanentemente, seja através de estudos e de novas experiências.

Lúcia Garcia, pesquisadora e economista, afirma que os jovens devem ter uma preocupação fundamental com a escola, porque o profissional do futuro vai ser o que tiver uma sólida formação escolar, capaz de dominar os conhecimentos básicos, e que saiba discernir conhecimento erudito de conhecimento popular.

O profissional vai ser o sujeito que consegue trabalhar com matemática, resolver problemas... porque aprendeu na escola que primeiro se resolve os parênteses, depois os colchetes e, em seguida, as chaves. Ele deve ter a capacidade de abstração, deve saber organizar, falar, se comunicar, de preferência também em outras línguas e conhecer a linguagem do momento, que é a linguagem da informática.

Todos, independente do mundo mudar ou não, de um outro mundo ser possível ou não, devemos saber isso para garantir a nossa sobrevivência. É importante, portanto, que o jovem saiba tudo isso, e que, além disso, ele possa se articular com outros jovens, para discutir e poder interferir no mundo social e político. Assim sendo, além de exercer sua cidadania, seu patriotismo, sua solidariedade, os jovens estarão investindo num mundo que vai ser deles e ainda vai desenvolver vantagens muito grandes aos outros que são apáticos, acríticos e que acham que estão aqui na terra para sofrer as conseqüências.


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